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Andanças de descontentamento




Costuma-se dizer que à 3ª é de vez e lá fomos de traquitanas aviadas para o andanças.

Em resumo, a historia reza da seguinte maneira:

Voluntariado foi para desistir ao fim de rever todas as hipóteses pois com turnos iguais não tínhamos quem ficasse com a O.

E atenção que este festival é para famílias mas para famílias com crianças maiores de 6 anos. Pois todas as crianças de idade inferior não tem condições ou infraestruturas para usufruir de um festival em segurança, para já não falar da vertente lúdica ou educativa.

Decidimos então encurtar nos dias de estadia (um bilhete por inteiro fica por 120 euros num festival que é feito essencialmente de voluntariado?!) .
Segunda-feira dispensamos, pois é meio dia e há pouco por onde escolher e no entanto cobram o mesmo preço de um bilhete diário (?!).
Mas atenção que é preciso pulseira para entrar no campismo.
Ou seja acampados desde sábado, por volta do meio dia de segunda-feira , depois de meia hora de espera na fila ao sol e com uma criança, informaram-nos que:
ou pagávamos um bilhete que não íamos usufruir para poder continuar no campismo
ou (como a menina Cláudia tão prestavelmente nos sugeriu) desmontarmos a tenda deslocarmos-nos para o parque campismo a 2 quilómetros dormindo lá e na terça (no dia seguinte) voltarmos a desmontar a tenda e voltarmos para comprar o bilhete para podermos voltar a montar a tenda novamente lá (... já referi que temos uma menina de idade inferior aos 3 anos??!).

Claro que não o fizemos mas também não compramos o bilhete para terça. E mais não preciso de referir.

Mas apesar desta má experiência nem tudo é mau:

O Campismo é dividido em geral e calmo (embora pouco respeitado no que diz respeito às horas).
Boas condições nos banheiros (com direito a agua quente em determinadas horas através de painel solar) e casas de banho (em constante limpeza).
Lavatórios em cada sector do campismo e uma mangueira que atravessa todo o campismo com uma saída com torneira pregada a uma árvore a meio de cada sector.
Zona de comer com mesas e cadeiras e zona para cozinhar (no chão em cima de uma palete ao lado das mesas e cadeiras).
Cantina com duas opções: vegetariana e normal.
Muitos caixotes de lixo e reciclagem.

A casa dos sonhos (espaço onde se pode deixar crianças das 9h à 12h30) tem a vantagem de a criança poder dormir em melhores condições e mais sossegada que no campismo, já que se trata de um infantário.
Por outro lado, apesar de ter bastantes voluntários (cerca de 7), tem uma lotação muito pequena o que não se justifica para um festival de tamanha envergadura e com um publico alvo de famílias.

Espremendo a coisa ainda fiz 2 workshops e aprendemos a dançar forró.
Vimos olivetree e os semente.
Assistimos a uma coreografia improvisada de percussão (segunda foto) onde não consegui fazê-lo no modo estático e que, quanto a mim, foi uma das coisas de que mais apreceei.
O jardim, para fazer tempo enquanto os workshops não começam é onde se junta muita gente em jam session e não só. É bastante agradável não só pela sua sombra mas também pela mistura cultural.

Apesar de tentar ignorar o negativo enquanto lá estive confesso que ao chegar a casa meditei sobre o assunto.Apercebi-me de como este festival me faz lembrar uma grande empresa com a sua bela fachada de "somos todos muito amigos e solidários". E só lamento não ter ido a este festival no inicio enquanto ainda mantinha a sua essência.

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