Da busca perdida

Percorri algumas lojas de fotografia na esperança de encontrar um tesouro que pode estar perdido para sempre e as opiniões divergem:

O senhor da loja pequena, com cabelo às madeixas branco, castanho e castanho mais escuro, na sua rigidez com que me olha de alto a baixo comunicou-me que agora não tinha nada mas que lá para o fim de Outubro deveria ter (??!?)

O simpático jovem da grande loja de fotografia da mesma rua mas ligeiramente acima já foi mais assertivo.
Disse-me que tinha pedidos feitos mas que o ultimo lote foi para a Alemanha e que se viessem mais seria lá para Janeiro.

Já na loja mais abaixo destas duas, diz-me a senhora muito senhora do seu nariz, um nariz maior do que os outros "os engenheiros ficaram com a patente e virão mas mais caros..." e quando retorqui pela certeza dessa informação responde-me quase ofendida "eles estão a produzir mais maquinas polaroid, menina!"

Por fim ainda tentei mais uma loja "Tinha mas voaram todos e vendi-os mais caro.."

Moral da historia, para um ramo de negocio que não está no seu auge, o pessoal é deveras antipático, como se, ser balconista de uma loja de fotos conferi-se um estatuto de iluminação perante todos os outros seres inferiores e ,para completar o cenário, ainda são desprovidos de informação fiável.
Mas fiquei a saber onde vou ser bem atendida e onde comprar mais barato.
O mais importante é que provavelmente os filmes não se vão extinguir.
Assim o espero.