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Gerou-se um conflito interior entre a mulher que ambiciona voltar ao mundo de trabalho e a mãe que quer acompanhar o crescimento da sua filha.

Esse conflito agravou-se nestes tempos em que a realidade de um part-time surgiu.

Se por um lado doi (porque não há outra palavra que transmita tão bem como esta o meu estado de alma) ter de deixá-la durante uns pares de horas, por outro lado, sinto-me estranhamente livre e motivada para outros campos que não sejam o ambiente familiar. Mesmo que a área não seja realmente aquela para a qual estou vocacionada.

Para minimizar o sentimento de culpa decidi procurar um part-time. E um qualquer desde de que bem pago "para valer a pena" todo o tempo que passo sem ela.

Espero sentir-me mais activa e mais integrada no campo de trabalho e que isso seja um incentivo a produzir mais peças minhas, tirar um curso para complementar o meu ou quem sabe encontrar o emprego de sonho num ambiente familiar e com a O. do meu lado (quem sabe, o meu próprio negócio?).

2 comments:

stories behind objects disse...

:)

ainda não sou mãe, muito por culpa de... pensar muito.
sempre coloquei em 1º lugar a carreira, sempre pensei que só gostaria de ter um filho quando lhe pudesse dar estabilidade (a todos os níveis)..nos últimos tempos tenho saltado de agência em agência o que me tem feito adiar ainda mais essa decisão.
agora, acho que se calhar adiei demais e talvez seja tarde (ou castigo).

apesar de não ser mãe compreendo o que sentes, um duelo entre a mulher, livre e profissional e a mulher mãe.mas as duas coisas não têm que ser assim tão separadas e vais ver que vais conseguir realizar o teu sonho.

força! segue o que o teu coração disser. e pensamento positivo, sempre!

Sílvia disse...

estou grávida e ultimamente o pensamento emprego perfeito/vida familiar tem ficado um pouco mais adiado, pois estou mais preocupada com o primeiro impacto da experiência de ser mãe do que com outra coisa. No entanto tenho a certeza que todos somos feitos para ter mais do que um papel: o de mãe e o de mulher realizada são dois que não devemos rejeitar! O maior problema é que coisas perfeitas não existem e a maioria exije de nós um esforço que temos de balancear muito bem...pesar em que é e para o quê que gastamos o nosso tempo de vida. Para alguns, o dinheiro fala mais alto e não deixa muitas hipóteses de pensar no que quer que seja, se não é o teu caso então pensa bem, e escolhe apenas o que te faz feliz e realizada! Daqui por uns anos a tua filha também vai estar feliz por isso...garanto-te! Também ela vai estar à procura da sua própria realização e a mãe será a melhor inspiração que ela poderá receber...