Foi assim.
Eu não queria mas tu disseste "chega". E repetiste com mais convicção: "Chega para lá."
As dores já as fazia notar aos presentes.
Lágrimas bem grossas e suspiros bem longos acompanhados de gemidos baixinhos e envergonhados ainda na esperança vã de tentar ser discreta.
E foi assim.
Acompanhada por uma enfermeira até ao hospital que era mesmo ali ao lado do edifício das consultas. E eu a pensar na consulta. Que contra minha vontade, levou-me directamente para a sala de partos.
Revia o plano falhado vezes sem conta na minha cabeça. E repetia outras vezes sem conta que deveria era estar em casa sossegada. À espera do momento certo para me dirijir àquele local asseptico e virgem.
Depois tive medo.
Mas também tive uma mão que me segurou a emoção. As dores. O cansaço.
Ela chega devagarinho.
Ele olhou para mim molhado de emoção.
Eu gritei pelo meu rebento. No meu colo.
Ei-la.
E fiquei sem saber o que fazer. Tão pequenina... a minha pequenina.
E ela? Ela só queria nanar.
1 comments:
muitos, muitos parabéns!
Enviar um comentário